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Confiança do consumidor apresenta melhora
A pontuação está abaixo da média dos últimos 60 meses, de 114,9 pontos.
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu 1% em setembro, para 114,2 pontos, o maior nível desde fevereiro deste ano. Apesar de o avanço ter compensado os resquícios da queda abrupta no indicador no período das manifestações populares de junho e julho, o nível é insatisfatório, segundo a coordenadora técnica, de Análises Econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Viviane Seda.
A pontuação está abaixo da média dos últimos 60 meses, de 114,9 pontos. A alta da confiança foi motivada, principalmente, pelo efeito de base de comparação mais baixa, "Nenhum movimento mostra uma recuperação mais forte (na economia), mas o consumidor começa a se sentir mais confiante", disse Viviane. A volatilidade indica, contudo, que a melhora não é generalizada. "Isso ; mostra também que não há mudança clara na postura "
O Índice de Situação Atual (ISA) foi o principal impulso para a recuperação do Indicador geral, com avanço de 3,5%, para 121,3 pontos (abaixo da média histórica). Em sua composição, o maior peso positivo foi a percepção sobre a situação econômica atual, com alta de 4,5% em setembro ante o mês anterior. A avaliação da situação financeira das famílias teve avanço marginal de 0,9%, em razão do impacto negativo dos consumidores de renda mais baixa, que se sentem mais endividados. "Isso pode ser um fator redutor do potencial de consumo deles", afirma Viviane.
Futuro. Em relação aos próximos seis meses, o índice de Expectativas (FE) teve leve alta de o,4% em setembro, para 110,8 pontos, mantendo-se acima da média histórica (108,1 pontos). Mesmo assim, Viviane destaca que há redução no otimismo, somada a dúvidas sobre a recuperação real da economia. Os consumidores voltam a projetar aceleração na inflação, segundo ela, e há uma percepção difundida de que o ciclo de alta de juros vai continuar.
As expectativas rebatem ainda sobre o mercado de trabalho, oscilando entre altas e baixas, O Indicador de Emprego Atual caiu 1,1% em setembro. A disposição em adquirir bens duráveis aumentou em setembro, em 0,7%, mas sem compensar quedas anteriores, explica Viviane.