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Com Selic menor, PGBL composto é boa opção para quem planeja aposentadoria
Neste momento em que a renda fixa está dando menos retorno, investir em renda variável pode significar uma renda maior na hora de se aposentar.
Tabata Pitol Peres
Com a menor rentabilidade dos investimentos em renda fixa, em consequência dos cortes ocorridos na taxa básica de juros neste ano, muitas pessoas questionam se há necessidade de rever, e até mudar, o perfil do plano de previdência, com o objetivo de garantir maior rendimento e, consequentemente, uma aposentadoria financeiramente mais tranquila.
De acordo com a professora de finanças da FGV (Fundação Getúlio Vargas), Myrian Lund, para quem tem um maior apetite por risco, e se sente confortável investindo em renda variável, mudar o perfil do plano é, sim, uma boa opção. "Neste momento em que a renda fixa está dando menos retorno, investir em renda variável pode significar uma renda maior na hora de se aposentar. Uma boa opção é o PGBL composto, que aloca parte do recurso em renda fixa e parte em renda variável", explica.
E completa: "Acho que um plano que aloque 80% em renda fixa e 20% em variável é uma boa opção, pois deixa um montante significativo em uma modalidade segura - o que garante que, no caso de uma crise, por exemplo, a pessoa não perde todo o patrimônio acumulado - mas também aloca um pouco em uma modalidade que, no longo prazo, poderá dar um retorno bem mais alto".
Atenção ao tempo do plano
Porém, Myrian alerta que esse não é um conselho para todo mundo que possui planos de previdência privada. "Há um fator fundamental a ser observado antes de mudar para um PGBL composto: o tempo que falta para a pessoa começar a receber a renda".
A professora afirma que esse tipo de plano não é uma boa opção se falta menos de três anos para o investidor se aposentar. "Renda variável é um investimento de longo prazo. Se você vai começar a receber o seu dinheiro em três anos, o ideal é continuar em renda fixa, porque se ocorrer algum problema na economia, e as ações despencarem demais, não haverá tempo para uma recuperação".
Myrian afirma que, nesses casos, cautela nunca é demais. "Sei que vivemos em um momento em que as expectativas são de melhora, mas, nesse caso, ser cauteloso é fundamental, porque em busca de um rendimento um pouco maior, você pode prejudicar o planejamento de toda uma vida", alerta.
E reforça: "PGBL composto é sim uma boa opção, mas só para quem tem um horizonte de longo prazo. Nós já tivemos a Bolsa em queda por três anos consecutivos porém, quando ela começou a subir, trouxe ganhos ótimos para quem tinha recursos alocados em ações".
Perfil
Outro conselho da economista é não se forçar a mudar de investimento só porque todos estão mudando.
"Obviamente, com cortes na Selic, a renda fixa traz menos ganhos, porém, se a pessoa não tem perfil para renda variável, não deve mudar seus investimentos. Existem pessoas sem apetite por risco, pessoas que não conseguem ver seu patrimônio acumulado diminuir diariamente, mensalmente ou até anualmente. Pessoas que não conseguem esperar por momentos de alta não devem colocar dinheiro em ações, pois podem até ganhar um problema de saúde, em razão de tanta preocupação".
Para quem vai se manter em renda fixa, o conselho da economista é tentar reduzir ao máximo a taxa de administração. "Há planos de previdência que cobram 3% de taxa ao ano, e esse é um valor bastante alto, que causa um grande impacto na rentabilidade. Faça as contas: 3% ao ano, durante todos os anos em que você investe. Bastante né? O ideal é conseguir uma taxa que fique próxima de 1% ao ano", finaliza.
De acordo com a professora de finanças da FGV (Fundação Getúlio Vargas), Myrian Lund, para quem tem um maior apetite por risco, e se sente confortável investindo em renda variável, mudar o perfil do plano é, sim, uma boa opção. "Neste momento em que a renda fixa está dando menos retorno, investir em renda variável pode significar uma renda maior na hora de se aposentar. Uma boa opção é o PGBL composto, que aloca parte do recurso em renda fixa e parte em renda variável", explica.
E completa: "Acho que um plano que aloque 80% em renda fixa e 20% em variável é uma boa opção, pois deixa um montante significativo em uma modalidade segura - o que garante que, no caso de uma crise, por exemplo, a pessoa não perde todo o patrimônio acumulado - mas também aloca um pouco em uma modalidade que, no longo prazo, poderá dar um retorno bem mais alto".
Atenção ao tempo do plano
Porém, Myrian alerta que esse não é um conselho para todo mundo que possui planos de previdência privada. "Há um fator fundamental a ser observado antes de mudar para um PGBL composto: o tempo que falta para a pessoa começar a receber a renda".
A professora afirma que esse tipo de plano não é uma boa opção se falta menos de três anos para o investidor se aposentar. "Renda variável é um investimento de longo prazo. Se você vai começar a receber o seu dinheiro em três anos, o ideal é continuar em renda fixa, porque se ocorrer algum problema na economia, e as ações despencarem demais, não haverá tempo para uma recuperação".
Myrian afirma que, nesses casos, cautela nunca é demais. "Sei que vivemos em um momento em que as expectativas são de melhora, mas, nesse caso, ser cauteloso é fundamental, porque em busca de um rendimento um pouco maior, você pode prejudicar o planejamento de toda uma vida", alerta.
E reforça: "PGBL composto é sim uma boa opção, mas só para quem tem um horizonte de longo prazo. Nós já tivemos a Bolsa em queda por três anos consecutivos porém, quando ela começou a subir, trouxe ganhos ótimos para quem tinha recursos alocados em ações".
Perfil
Outro conselho da economista é não se forçar a mudar de investimento só porque todos estão mudando.
"Obviamente, com cortes na Selic, a renda fixa traz menos ganhos, porém, se a pessoa não tem perfil para renda variável, não deve mudar seus investimentos. Existem pessoas sem apetite por risco, pessoas que não conseguem ver seu patrimônio acumulado diminuir diariamente, mensalmente ou até anualmente. Pessoas que não conseguem esperar por momentos de alta não devem colocar dinheiro em ações, pois podem até ganhar um problema de saúde, em razão de tanta preocupação".
Para quem vai se manter em renda fixa, o conselho da economista é tentar reduzir ao máximo a taxa de administração. "Há planos de previdência que cobram 3% de taxa ao ano, e esse é um valor bastante alto, que causa um grande impacto na rentabilidade. Faça as contas: 3% ao ano, durante todos os anos em que você investe. Bastante né? O ideal é conseguir uma taxa que fique próxima de 1% ao ano", finaliza.