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O que os juros futuros estão trazendo de prognóstico para a taxa Selic?
Na última semana, o Copom decidiu cortar a taxa Selic em 100 pontos-base, deixando-a em 9,25% ao ano, surpreendendo grande parte dos analistas, que projetava uma redução menor.
Rafael de Souza Ribeiro
Na última semana, o Copom decidiu cortar a taxa Selic em 100 pontos-base, deixando-a em 9,25% ao ano, surpreendendo grande parte dos analistas, que projetava uma redução menor.
Um fato curioso chamou a atenção dos analistas do BNP Paribas, em relatório. Logo após o corte, as taxas prefixadas de prazo superior a um ano subiram, contra a tendência esperada de queda.
Segundo o banco francês, o movimento inusitado está associado a fatores não-econômicos, "sendo o mais óbvio deles o risco político", uma vez que as eleições presidenciais estão próximas e a tendência natural do governo é de ampliar os gastos públicos.
A lógica é simples: ampliação dos gastos do governo é igual à necessidade de financiamento público, que por sua vez está relacionada intimamente com a rolagem da dívida, o que culminaria na elevação da taxa básica de juro.
Variável inflação
Além dos argumentos do BNP Paribas, a equipe do Bradesco traz outra interpretação. Para o banco, o movimento do mercado pode estar ligado às expectativas de aumento da inflação no longo prazo.
Contudo, pondera-se o argumento quando ele é posto de frente à atividade econômica. A diferença do hiato do produto - diferença do produto efetivo e o produto potencial - atualmente elevado devido à crise mundial não justifica uma elevação do juro, afirmam as equipes.
Expectativas
Mesmo sem aparente motivo em razão à atividade econômica, a equipe do BNP Paribas acredita na influência das eleições no juro, a depender dos modelos de política econômica propostos entre os possíveis candidatos de PT e PSDB.
Portanto, o banco espera por uma elevação paulatina da volatilidade nos juros prefixados, principalmente para prazos superiores a 2010, tendo em vista a conclusão do ano eleitoral.
Por agora, o grupo do Bradesco prevê mais um corte na Selic, uma vez que o nível de investimentos encontra-se baixo e os impactos da inflação ainda são ínfimos. A equipe do banco francês, com o corte recente, revisou sua meta para o juro no final do ano, agora em 8,75% ao ano.
Um fato curioso chamou a atenção dos analistas do BNP Paribas, em relatório. Logo após o corte, as taxas prefixadas de prazo superior a um ano subiram, contra a tendência esperada de queda.
Segundo o banco francês, o movimento inusitado está associado a fatores não-econômicos, "sendo o mais óbvio deles o risco político", uma vez que as eleições presidenciais estão próximas e a tendência natural do governo é de ampliar os gastos públicos.
A lógica é simples: ampliação dos gastos do governo é igual à necessidade de financiamento público, que por sua vez está relacionada intimamente com a rolagem da dívida, o que culminaria na elevação da taxa básica de juro.
Variável inflação
Além dos argumentos do BNP Paribas, a equipe do Bradesco traz outra interpretação. Para o banco, o movimento do mercado pode estar ligado às expectativas de aumento da inflação no longo prazo.
Contudo, pondera-se o argumento quando ele é posto de frente à atividade econômica. A diferença do hiato do produto - diferença do produto efetivo e o produto potencial - atualmente elevado devido à crise mundial não justifica uma elevação do juro, afirmam as equipes.
Expectativas
Mesmo sem aparente motivo em razão à atividade econômica, a equipe do BNP Paribas acredita na influência das eleições no juro, a depender dos modelos de política econômica propostos entre os possíveis candidatos de PT e PSDB.
Portanto, o banco espera por uma elevação paulatina da volatilidade nos juros prefixados, principalmente para prazos superiores a 2010, tendo em vista a conclusão do ano eleitoral.
Por agora, o grupo do Bradesco prevê mais um corte na Selic, uma vez que o nível de investimentos encontra-se baixo e os impactos da inflação ainda são ínfimos. A equipe do banco francês, com o corte recente, revisou sua meta para o juro no final do ano, agora em 8,75% ao ano.