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Empresas andam na contramão da crise e voltam a contratar
A constatação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de que a taxa de desemprego no Brasil ficou em 8,9% em abril, valor pouco inferior aos 9% registrados em março, pode ser sentida, na prática, em vários segmentos da economia.
Fonte: DCI - Diário Comércio Indústria & ServiçosTags: crise
Karina Nappi
A constatação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de que a taxa de desemprego no Brasil ficou em 8,9% em abril, valor pouco inferior aos 9% registrados em março, pode ser sentida, na prática, em vários segmentos da economia. Companhias de setores tão diferentes como os de empresas de consultoria e de fabricantes de computadores garantem que não demitiram no ápice da crise e que, além disso, mantêm planos de aumentar a contratação de pessoal.
De acordo com o sócio da multinacional do setor de consultoria Ernst & Young, Luiz Frazão, a empresa, que possui aproximadamente 2,5 mil funcionários, não contribuiu para o aumento do número de desempregados em razão da crise. Ele afirmou que até o final do ano pretende contratar 300 funcionários somente no Brasil.
"Setores como o de transações financeiras praticamente pararam. Com isso os funcionários destes setores foram redirecionados e ninguém foi demitido. Além disso, vamos contratar, até o final do ano, mais 300 trainees", enfatizou Frazão.
Outro caso favorável foi anunciado pela Positivo Informática, ao reativar o terceiro turno de fabricação de computadores. A interrupção temporária ocorreu em fevereiro deste ano e, na ocasião, a maioria dos colaboradores passou a integrar a linha de produção de placas-mãe. O restante se manteve na montagem em outros turnos.
No total, a empresa gera cerca de 4,3 mil empregos diretos.
"O importante é que não só mantivemos a equipe como estamos ampliando o quadro. Fizemos reestruturações internas, readequamos nosso portfólio, criamos promoções e vendemos estoques para gerar caixa", afirma Hélio Rotenberg, presidente da Positivo.
Carreira
Segundo Frazão, da Ernst&Young, a procura por funcionários com determinados atributos se dá pela perspectiva de carreira na empresa, que faz um trainee ser um dos 90 sócios da empresa em apenas 12 anos de trabalho, em média. "Queremos que as pessoas cresçam conosco, e para isso investimos 5% da nossa receita bruta em capacitação profissional."
Para ele o motivo da retenção de 95% da mão de obra é a garantia de estabilidade e reconhecimento. "Com esses incentivos [financeiros e pessoais], temos registrado que a Ernst & Young dobra de tamanho a cada 4 ou 5 anos. A aposentadoria acontece aos 60 anos, portanto o funcionário tem chances reais de 'subir' na empresa", lembra. Ele informou que 41% dos funcionários são mulheres e que "elas têm um algo mais para os negócios, buscamos por elas e queremos igualar o percentual ao masculino."
De acordo com o sócio da multinacional do setor de consultoria Ernst & Young, Luiz Frazão, a empresa, que possui aproximadamente 2,5 mil funcionários, não contribuiu para o aumento do número de desempregados em razão da crise. Ele afirmou que até o final do ano pretende contratar 300 funcionários somente no Brasil.
"Setores como o de transações financeiras praticamente pararam. Com isso os funcionários destes setores foram redirecionados e ninguém foi demitido. Além disso, vamos contratar, até o final do ano, mais 300 trainees", enfatizou Frazão.
Outro caso favorável foi anunciado pela Positivo Informática, ao reativar o terceiro turno de fabricação de computadores. A interrupção temporária ocorreu em fevereiro deste ano e, na ocasião, a maioria dos colaboradores passou a integrar a linha de produção de placas-mãe. O restante se manteve na montagem em outros turnos.
No total, a empresa gera cerca de 4,3 mil empregos diretos.
"O importante é que não só mantivemos a equipe como estamos ampliando o quadro. Fizemos reestruturações internas, readequamos nosso portfólio, criamos promoções e vendemos estoques para gerar caixa", afirma Hélio Rotenberg, presidente da Positivo.
Carreira
Segundo Frazão, da Ernst&Young, a procura por funcionários com determinados atributos se dá pela perspectiva de carreira na empresa, que faz um trainee ser um dos 90 sócios da empresa em apenas 12 anos de trabalho, em média. "Queremos que as pessoas cresçam conosco, e para isso investimos 5% da nossa receita bruta em capacitação profissional."
Para ele o motivo da retenção de 95% da mão de obra é a garantia de estabilidade e reconhecimento. "Com esses incentivos [financeiros e pessoais], temos registrado que a Ernst & Young dobra de tamanho a cada 4 ou 5 anos. A aposentadoria acontece aos 60 anos, portanto o funcionário tem chances reais de 'subir' na empresa", lembra. Ele informou que 41% dos funcionários são mulheres e que "elas têm um algo mais para os negócios, buscamos por elas e queremos igualar o percentual ao masculino."