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2021 é o ano da adaptação para o trabalho digital
O boom da tecnologia nos últimos anos pode ter deixado um sinal bem claro de mudanças para os profissionais que já estão atuando no mercado de trabalho
O boom da tecnologia nos últimos anos pode ter deixado um sinal bem claro de mudanças para os profissionais que já estão atuando no mercado de trabalho. Mas qual será o destino das profissões e do trabalho em 2021 - uma vez que estamos ainda no meio do processo?
Fernanda Mazepa Pereira, Coordenadora Talent Acquisition da Positivo Tecnologia, entende que 2020 foi um grande convite para a mudança ao mundo digital e o desafio maior para 2021 engloba será manter o aprendizado, equilibrar e inovar: “Para as posições que temos hoje, entendemos que alguns cargos vem surgindo no mercado principalmente na área de bem estar, que é o cuidado com a saúde mental do colaborador, assim como na área da cultura e diversidade. Vamos lembrar que os profissionais estarão, ano que vem, em um modelo híbrido com olhar cada vez mais na área digital.”
Eliane Catalano, Coordenadora de Recrutamento e Seleção da RH NOSSA, a tecnologia trouxe um sentimento de urgência que não tínhamos experienciado antes: “Percebemos a urgência de muitas pessoas em se adaptar e, em alguns casos, melhorar sua percepção tecnológica para conseguir resultados mais rápidos. O processo foi acelerado em todos os segmentos.”
Mão de obra será substituída?
Aquela história do passado de que a tecnologia iria substituir a mão de obra, conversa recorrente desde os anos oitenta e que causava tantas preocupações, se concretizou de certa maneira - mas a tecnologia, ao invés de substituir a mão de obra, veio para somar.
Para Catalano, é evidente que surgiram novas oportunidades com o auxílio da tecnologia - e talvez algumas atividades passem por substituições de posições - mas esse processo ainda está acontecendo e todos precisam estar preparados.
Fernanda, da Positivo Tecnologia, explicou que essa realidade já vem com o passar dos anos e que a maioria das pessoas não percebeu o processo. Mas ao contrário do que se pensava, não gerou desemprego em massa - e nem vai gerar: “Temos tecnologia em todos os momentos da nossa vida e essa mudança já começa a fazer parte da nossa cultura com todos os colaboradores que estão em suas casas.
Alguns cargos já estão se transformando no mundo digital. Basta perceber a entrega de documentos e algumas outras ações, que agora é digital, tudo através de um sistema com assinatura digital. É um avanço neste aspecto."
As funções que precisam da presença física, como unidades mais industriais, Fernanda lembra que também houve adaptação: “A nossa fábrica de computadores parou por poucos dias, pois é uma linha de produção contínua de computadores e notebooks que , obviamente, teve uma demanda alta na pandemia. O modelo futuro precisará ser híbrido, ou seja, não teremos todos em home office e nem todos fisicamente na empresa” finaliza.